Conheça a História da Banda Chiclete Com Banana

Chiclete Com Banana a maior banda de Axé de todos os tempos

Chiclete Com Banana primeira formação
Chiclete Com Banana

No começo o nome do grupo era Scorpius. Fazia apresentações em festas de formatura e era um conjunto de baile. Desse grupo já faziam parte Bell Marques e Wadinho Marques, que mais tarde vieram a se unir a Rey, Waltinho Cruz e Deny, para formar a Banda Chiclete com Banana.

Em 1980, o bloco Trás os Montes contratou a banda para tocar no Carnaval daquele ano. Foi a estreia dos meninos no trio elétrico.

Começava a revolução chicleteira, que continuou em 1981, quando o engenheiro de som Wilson Silva (irmão de Bell e Wadinho) fechou a lateral do trio com caixas de som e começou a usar equipamentos de potência transistorizada.

Os músicos da percussão subiram e foram tocar na parte superior do trio, junto com os instrumentos de corda. Foi a diferença, pois até então a percussão ficava nas laterais. Ou seja. o Chiclete Com Banana acabou inventando os trios elétricos que conhecemos hoje.

Em 1982, foram convidados pela Barcarola, subsidiária da gravadora Ariola, para gravarem um disco. A banda ainda se chamava Scorpius. Aí entrou em cena o cartunista Nildão. O artista já conhecia o grupo e sabia a mistura de ritmos que o mesmo fazia, sugeriu: “Chiclete com Banana”. Nascia o disco “Traz os Montes”.

Mas a troca de nome não foi fácil. O grupo começou a inventar várias estórias que chegaram a tornar-se lendas, como por exemplo: A banda tinha terminado um baile numa cidade do interior e não tinha onde comer, chegaram numa barraca e lá só tinha chiclete e banana.

Outra lenda: um disco voador tinha escrito na areia de uma praia o nome Chiclete com Banana. Tudo invenção dos rapazes.

Como Chiclete com banana, a banda gravou o 1º LP em 1982. “Traz Os Montes” vendeu pouco. Chiclete ainda era uma marca apenas regional.

Depois no 2º LP, “Estação Das Cores”, já com o selo Continental. As músicas mais executadas foram “Meu Balão” e “Estação Das Cores”.

Em 1984, Bell e o Chiclete lançaram o LP “Energia”. A música “Mistério das Estrelas” estourou em todas as rádios baianas.

Mas “Energia” foi censurado. As músicas, “Apenas Vença”, letra de Bell, e “Minha Gatinha Emacrou”, de Missinho e Jonne, provocaram o recolhimento do disco das lojas. Os censores acharam que feriam os moldes políticos e a moral.

No tempo da banda Scorpius, Bell tocava teclado e cantava músicas estrangeiras. Na nova formação, passou para o baixo.

Já Wadinho, que toca teclado, tocava guitarra na Scorpius. Rey trocou a guitarra pela bateria.

Até abril de 1986, o Chiclete com Banana era composto por 8 integrantes. Eram dois guitarristas (Missinho e Jonne) e três percussionistas (Waltinho, Denny e Rubinho).

Missinho e Rubinho saíram da banda, e o Chiclete ficou com seis integrantes. Aí veio o disco “Gritos de Guerra”, que vendeu entre 750 e 800 mil cópias.

Foram três discos de platina e o início do fênomeno Chiclete com Banana.

Começou o Sucesso nacional, o grupo teve ainda a sorte de tocar no Programa do Chacrinha. O velho Guerreiro gostou tanto que fez a banda voltar ao programa várias vezes.

Em 1988, o salto final. Bell e Wadinho entregaram a Xuxa a música “Festa do Estica e Puxa”. O disco da Rainha dos Baixinhos vendeu mais de 3 milhões de cópias.

“Fé Brasileira”, o disco seguinte, vendeu cerca de 450 mil cópias.

Desde 1982 a marca do Chiclete foi fazer experiências com todo estilo de música, do rock ao forró. A salada ganhou o mercado e atraiu legiões de chicleteiros Brasil afora.

A banda tem a marca do Carnaval na pele. Depois do “Traz Os Montes”, um bloco da garotada da Barra, veio o “Traz a Massa”, um bloco mais popular, e, em seguida, Os Internacionais.

O casamento final do Carnaval foi firmado com o bloco Camaleão. A união gerou filhos, como o “Nana Banana”.

Clipe da Música Voa Voa

A Banda já vendeu mais de 7 milhões e 800 mil discos, levou 12 discos de Ouro e 10 de Platina, além de inúmeros troféus, como: Prêmio Sharp de Música, Troféu Dodô e Osmar, Troféu Caymmi, Bahia Folia, Antena de Ouro entre outros.

Com três turnês ou apresentações na França, Espanha, Alemanha, Holanda, Estados Unidos e Argentina, onde o 12º disco do grupo foi lançado.

Em junho de 1995, a banda fez excursão pela Europa e participou de vários festivais, entre eles os de Jazzstadt, em Tubinger, na Alemanha, e no de Montreux, na Suiça.

Curiosidade: O nome “Chicleteiro” foi inventado por um fã em um carnaval fora de época, o “Vital” no Espírito Santo.

Com saida de Bell em 2014, o chiclete teve outro vocalista “Rafa Chaves”, mas não deu certo, hoje quem comanda a banda é o Khill, ex-vocalista da banda Pathanka, que entrou na banda em 2018.

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